O mercado crypto é para amadores? A resposta é “também, porém depende”. Apesar de abrigar grandes e experientes investidores, é muito comum que pessoas com pouco tempo no ramo coabitem nesse terreno.

Equívocos são comuns e estão em todo lugar. Eles podem alcançar os recém-chegados, assim como, em alguns casos, os com mais tempo de casa. Pensando nisso, a Starten reuniu algumas dicas, muito importantes, do que não fazer em qualquer lugar do mundo crypto.

1. Exchange não é carteira

As exchanges são plataformas digitais, por meio das quais é possível comprar, vender e trocar cryptomoedas. Mesmo que poupar seja uma das funções desse espaço, confiar uma grande quantidade de dinheiro ali – e por muito tempo – não é a atitude mais acertada.

Quando as cryptomoedas são transferidas na exchange, é dada à corretora a “posse” sobre os tokens entregues. Como o mercado crypto é volátil, as corretoras têm seu modelo de gestão do dinheiro e eventualidades podem acontecer e afetar diretamente seus ativos.

É o que ocorre, por exemplo, em corretoras que fazem empréstimos a partir das cryptomoedas depositadas ali. Frente a uma crise, com o aumento expressivo de saques, pode ocorrer do dinheiro presente na corretora não ser suficiente e, com isso, a exchange se tornar insolvente – quando ela não possui recursos para pagar seus investidores.

Desse modo, é importante colocar tokens nesses espaços, apenas quando for negociar.

2. Deixar de priorizar o investimento em projetos com wallet própria

Na hora de escolher em quais cryptomoedas investir, é importante prezar por segurança e autonomia. Por isso, é importante escolher projetos que oferecem aplicativos próprios. Com essas facilidades é possível estar mais próximo das atividades do projeto e, também, do suporte técnico, frente a qualquer problema.

Ainda nesse sentido, por meio dessas carteiras, geralmente, é possível deixar comentários, com elogios, agradecimentos, dúvidas e sugestões – o que pode servir como um suporte mais próximo dos fundadores.

3. Deixar de ter a própria hard wallat

É importante que investidores tenham uma hard wallet pessoal: um dispositivo capaz de armazenar as chaves cryptografadas (como um pendrive, um computador sem rede ou um hd), que possam ser acessadas na ausência de internet.

O ideal é que a ”carteira” seja armazenada em um local seguro e que só você tenha acesso a ela. Isso diminui o risco de invasores, que alcança, principalmente, pessoas com, politicamente expostas – mas não exclui totalmente os iniciantes do alvo.

4. Se desesperar, frente a qualquer movimento

Um investidor sabe a hora de aplicar seu dinheiro. Com isso, primeiramente, pesquise, estabeleça um filtro e sempre analise com atenção o projeto que deseja investir.

Diante de um momento ideal para comprar cryptomoedas em um projeto interessante, compre, mas não comprometa todo o seu dinheiro, deixando de lado prioridades com o aluguel, contas de água ou luz. É preciso ser responsável e consciente nessas horas.

Não é novidade que o mercado crypto é volátil e que períodos de baixa nos preços das moedas, também, são parte do jogo. Por isso, se você já investe no projeto e se depara com uma situação em que os preços caíram muito, é importante que os olhares sejam voltados para as reações internas do projeto. Confira se está tudo bem e entenda o que os mais experientes estão falando. A queda pode ser uma movimentação comum.

Assim como o mercado crypto pode gerar altos ganhos, há, também, a alta possibilidade de perda. Nesse espaço, o ideal é pensar no em longo prazo, com retornos que vêm com o passar do tempo. Por isso, é preciso calma e paciência.

5. Compartilhar Informações privilegiadas

Existem informações em projetos que são sigilosas e, com isso, apenas pessoas específicas têm acesso. Esses dados, chamados de “informações privilegiadas”, quando compartilhados com pessoas externas às inicialmente indicadas, configuram crime para quem revela e para quem se apropria.

Então, projetos não podem revelar informações privilegiadas. Nesses casos, a pessoa que compartilha pode até ser exonerada do projeto.

6. Confiar plenamente nos anúncios na internet

A tecnologia traz alternativas que facilitam a resolução de problemas do dia-a-dia de todo mundo. Inclusive, os do cotidiano dos golpistas. Com a internet, golpes virtuais são cada vez mais comuns, o que pede atenção e precaução por parte dos investidores.

Por isso, desconfie sempre de anúncios com ganhos exorbitantes, tenha muito cuidado com negociações que ocorrem por intermédio das redes sociais e aplicativos de mensagem e lembre-se: a blockchain não tem reembolso e, no Brasil, é difícil conseguir que alguém seja punido.

Então cuidado! Com cautela e segurança, seu bolso agradece.

7. Chamar todos os tokens de cryptomoedas

Toda cryptomoeda é um token, mas nem todo token é uma cryptomoeda.

Um token pode ser compreendido como a representação digital de um ativo, em uma blockchain já existente. Dessa forma, ele pode representar imóveis, obras de arte, serviços, investimentos e os mais diversos bens do mundo real. Em meio a eles, estão também ativos monetários.

Existem vários tipos de tokens. Entre eles, estão os Payment Tokens (em portugues, ficha de pagamento) englobando as moedas digitais. Esses são recursos utilizados para transferir capital – o que também inclui as cryptomoedas e atuam como um dinheiro eletrônico, com blockchain.

8. Não dar atenção às senhas

As senhas de seus investimentos são tão valiosas quanto as próprias moedas digitais. Diante disso, o cuidado com a escolha dos caracteres e o cuidado na hora de guardar essas informações são muito importantes.

É importante que elas não sejam guardadas no celular, nem em ferramentas de trocas de mensagens, porque esses não são meios seguros. Além de possíveis ciber invasores, existem riscos nos quais toda a humanidade está sujeita, como roubo do aparelho, perda e estragos. Esses problemas podem ser irreparáveis e acarretar em problemas muito maiores. Então, opte por um lugar mais seguro.

Outro fator que pede atenção é a escolha dos dígitos da senha. Não coloque números óbvios, de fácil acesso. Golpistas estão cada vez mais espertos e, com isso, pessoas que se adequam à comodidade do 123456 são vítimas muito fáceis.